domingo, 3 de setembro de 2017

30 anos do Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra da Bahia


As três décadas de atuação do Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra da Bahia (CDCN), vinculado à Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado (Sepromi), foram destaque em sessão especial realizada na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), em Salvador. O evento reuniu conselheiros, integrantes do movimento negro, ativistas dos segmentos dos povos e comunidades tradicionais, mulheres negras, terreiros, afoxés, capoeiristas, jovens, autoridades de diversas áreas, entre outros convidados.

A presidenta do CDCN e titular da Sepromi, Fabya Reis, ressaltou durante o evento, na quinta-feira (31), o ativismo histórico do colegiado, criado na década de 80 como um dos pioneiros na defesa dos direitos do povo negro no Brasil. “A expectativa agora é reforçar o papel deste grande coletivo como um espaço de controle social de políticas públicas, de democracia e diálogo com as esferas governamentais. É uma grande oportunidade de reconhecer o trabalho de mulheres e homens que passaram por este processo de construção coletiva”.


O proponente da sessão, deputado estadual Bira Corôa, que preside a Comissão de Promoção da Igualdade da Alba, afirmou que o CDCN “acumula trajetórias pautadas na luta e inclusão do povo negro. Tem sido importante para a consolidação de um novo olhar de mundo, que preza pela igualdade racial plena. É uma instituição que surge a partir do movimento negro e de instituições que sempre defenderam a democracia em nosso País”.

A vice-presidenta do CDCN, yalorixá Jaciara Ribeiro, lembrou de conquistas alcançadas pela instituição ao longo do tempo. “É momento de avaliar nossa caminhada. O povo negro que foi arrancado de África hoje está aqui, com toda a ancestralidade, reunindo forças para continuar sua luta com muita resistência”. Ela ressaltu ainda a criação do Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa Nelson Mandela. 











Durante a cerimônia, marcada pela apresentação de grupos culturais e de capoeira, o CDCN homenageou diversas lideranças que contribuíram para a consolidação do órgão, além de personalidades que trabalham pela a afirmação do povo negro em diversos setores da sociedade. Na ocasião, também foram empossados conselheiros e conselheiras da sociedade civil, eleitos recentemente e que atuarão no CDCN entre 2017 e 2021. 

“Temos nessa história uma espécie de escola. É um momento de resistência para a Bahia, reverenciando um conselho que promove a formação e defende os interesses da população negra”, disse a ex-presidenta do CDCN e ouvidora geral da Defensoria Pública do Estado (DPE), Vilma Reis. Ela ressaltou ainda a importância da Alba para a garantia de direitos da população negra, instituição que discutiu e aprovou, em 2014, o Estatuto da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa.

Fonte: Ascom/Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do estado (Sepromi)

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